"Reafirmando que a diversidade cultural é um valioso patrimônio para o avanço e bem-estar da humanidade como um todo, e que deve ser valorizada, desfrutada, genuinamente aceita e adotada como característica permanente que enriquece nossas sociedades" (Declaração de Durban, 2001)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

I Roda de Memória da Ilha dos Marinheiros: O modo de fazer Jurupiga

Dia 20 de junho, às 19 horas no Salão Comunitário São João na Ilha dos Marinheiros, aconteceu a I Roda de Memória da Ilha dos Marinheiros: O modo de fazer Jurupiga, juntando produtores e seus familiares para conversar, trocar informações e principalmente contar suas histórias e memórias em relação a este patrimônio imaterial da localidade e da cidade.
Com o objetivo de fortalecer a lei 6.972/2010, que salvaguarda o modo de fazer jurupiga como patrimônio cultural imaterial de Rio Grande, a roda contou com a colaboração dos produtores de Jurupiga Hermes da Silva Dias e Rosângela Maria da Costa Dias. Estiveram presentes 14 produtores e familiares e 10 estudantes de história, que juntos conheceram um pouco mais do primeiro patrimônio imaterial da cidade.
Foi discutido que o modo de fazer jurupiga tradicional consiste em “quebrar” a uva (pisando ou utilizando-se de um quebrador ou esmagador a manivela ou elétrico), retirando este primeiro líquido considerado a “nata” da uva antes que fermente, pois assim mantém sua doçura natural; após este processo, adiciona-se de 17% a 20% de álcool e se deixa a mistura nos tonéis ou pipas por cerca de 3 meses para que ela se torne homogênea e o líquido cristalino. É bom ressaltar que uma boa jurupiga deriva de uma boa uva, e que o mesmo processo produz jurupigas de gosto diferenciados – um produto artesanal nunca sai igual ao outro.
 A Roda integra o projeto “O modo de fazer Jurupiga: inventário, registro e salvaguarda de uma produção artesanal”, de autoria de Helissa Renata Gründemann, integrante do Programa de Extensão Comunidades FURG – COMUF PROEXT/MEC/SESu, coordenado por Jean Baptista (ICHI).

domingo, 15 de julho de 2012

O modo de fazer Jurupiga: inventário, registro e salvaguarda de uma produção artesanal

A jurupiga é uma bebida artesanal à base de uva produzida na Ilha dos Marinheiros desde o século XIX. Contudo, atualmente apenas uma família comercializa o produto. Em 2010, mediante a pressão governamental de industrialização do produto, o COMUF mediou negociações com a prefeitura para gerar o registro e a salvaguarda do modo de fazer jurupiga na qualidade do primeiro patrimônio imaterial do município.

Resultados: Pesquisa histórica para fundamentar a Lei nº 6.972/2010, que torna a jurupiga, bebida tradicional da região, o primeiro patrimônio imaterial do município; Roda de Memória entre os produtores de jurupiga.


Próximas Ações: edição do material audio-visual sobre a produção artesanal de jurupiga.

Rodas de Memória salvaguardam o patrimônio comunitário dos distritos de Rio Grande

O Programa de Extensão em Defesa do Patrimônio Comunidades FURG (COMUF) tem se dedicado a promover rodas de memória nos distritos do município de Rio Grande, RS, com o intuito de fortalecer o patrimônio de grupos vulneráveis como quilombolas, indígenas, pequenos produtores rurais e sociedade LGBT. Trata-se de uma metodologia que agrupa indivíduos ou comunidades que detenham saberes e práticas relacionadas ao patrimônio imaterial da região. Por possuir uma conotação política, os enocontros de aproximadamente duas horas subsidiam ações de conquista de Direitos Humanos e Culturais reclamados pelas comunidades.


Bom exemplo disso foi a Roda de Memória que promoveu o encontro das Famílias Remanescentes de Quilombolas: Amaral Macanudo e Amaral, ocorrida na Escola Olavo Bilac, na Vila da Quinta, no dia 27 de maio de 2012. Contando com a colaboração de Cláudia Feijó (Museu Comunitário da Lomba do Pineiro) e Giane Escobar (Museu Comunitário 13 de Maio), acadêmicos extensionistas do COMUF, jovens, idosos e crianças da comunidade puderam compartilhar histórias e trocar informações sobre os direitos quilombolas, em especial a partir da discussão sobre o decreto 4.887/03 e da lei 10.639/03, entre outras políticas de promoção da igualdade racial, temas básicos dos encontros com as famílias desde 2011. Tais temas atendem à demanda de integrantes das comunidade interessados no reconhecimento jurídico da comunidade na qualidade de quilombolas em vista da regulamentação de suas terras. O material coletado também subsidiará um relatório que se apresentará a FURG solicitando a geração de vagas específicas para estudantes quilombolas.


Outra Roda de Memória ocorreu no dia 20 de junho, às 19 horas no Salão Comunitário São João na Ilha dos Marinheiros, nomeada a “I Roda de Memória da Ilha dos Marinheiros: O modo de fazer Jurupiga”, reunindo produtores e seus familiares para conversar, trocar informações e principalmente contar suas histórias e memórias em relação à bebida tradicional produzida entre famílias da ilha. Com o objetivo de salvaguardar o saber e difundir a lei 6.972/2010 (que torna o mode de fazer jurupiga patrimônio imaterial de Rio Grande), gerada a partir de mediação do COMUF com a prefeitura,  a roda contou com a presença de 14 produtores de jurpiga, entre eles o casal Hermes da Silva Dias e Rosângela Maria da Costa Dias, e exrensionistas do COMUF. Juntos, trocaram informações sobre patrimônio imaterial da cidade e dos direitos dos detentores de saberes patrimoniais.


As rodas de memória do COMUF irão compor a Coleção Nosso Patrimônio, publicação a a ser distribuída para escolas da região, além de compor o documentário Comunidades de Rio Grande, ambos a serem concluídos em dezembro de 2012.

XII Acampamento Regional de Cultura Afro-2012


Com apoio do COMUF e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da FURG, o XII Acampamento Regional de Cultura Afro ocorrerá nos dias 06, 07, 08 e 09 de setembro de 2012, na cidade de São Lourenço do Sul  (RS).  No intuito de fomentar as práticas e as reflexões da população afro-brasileira, o Acampamento pretende promover, integrar, valorizar e estimular a Cultura regional Afro, conectando os grupos existentes entre os municípios da região e do Estado. Sendo assim, procura-se propiciar o diálogo sobre temas específicos, como Educação, Saúde e Cultura da comunidade Afro, referentes às pautas de Movimentos Sociais, de Universidades e do Poder Público.
Conheça o site e inscreva-se: http://acampamentoafro.blogspot.com.br/

sábado, 14 de julho de 2012

XII Acampamento Regional de Cultura Afro


Com apoio do COMUF e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da FURG, o XII Acampamento Regional de Cultura Afro ocorrerá nos dias 06, 07, 08 e 09 de setembro de 2012, na cidade de São Lourenço do Sul  (RS).  No intuito de fomentar as práticas e as reflexões da população afro-brasileira, o Acampamento pretende promover, integrar, valorizar e estimular a Cultura regional Afro, conectando os grupos existentes entre os municípios da região e do Estado. Sendo assim, procura-se propiciar o diálogo sobre temas específicos, como Educação, Saúde e Cultura da comunidade Afro, referentes às pautas de Movimentos Sociais, de Universidades e do Poder Público.
Conheça o site e inscreva-se: http://acampamentoafro.blogspot.com.br/

 

II Fórum Internacional da Temática Indígena

O II Fórum Internacional da Temática Indígena constitui-se em evento acadêmico inaugural do Mestrado em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal de Pelotas, entre os dias 14 e 16 de maio de 2012.
O COMUF participou da organização e realizou o GT 4, onde se produziu a Carta do Fórum sobre os direitos indígenas às universidades.